Interacções sociais são como uma espécie de balanceamento entre o ego e a baixa auto estima. Acho que é o contacto que temos com os outros que dita o nosso de espírito, não a nossa vontade própria (infelizmente). Por muito que ambicionemos ser livres nunca o chegamos a ser, há sempre alguém que se preocupa connosco, ou alguém que nos preocupa, não há liberdade para ser livre, isso é uma ilusão.
Na verdade, nós, seres humanos mesquinhos, não gostámos de ser livres, gostamos das emoções, da adrenalina que estas nos trazem. Adorámos afectos, mimos, ter medo, ansiedade e essas coisas que ao fim de um tempo já morreram e tudo acaba.
Por isso pedi-lhe "formalmente" que partisse, não que na altura não sentisse nada para além daquele vazio enorme que me parecia devorar a alma. O problema foi quando percebi que embora aquela presença já não tivesse ali fisicamente continuava a sufocar o meu mundo de uma forma cada vez mais perturbadora.
